Pedagogia da Liberdade
IFSul Campus Charqueadas RS
Pós Graduação em educação e Contemporaneidade
2013
PEDAGOGIA DA LIBERDADE
A liberdade em Paulo Freire e Hannah Arendt: uma investigação preliminar refletindo sobre a Educação. PRIMEIRAS PALAVRAS
Nesse ensaio teórico especulativo vou abordar os pensamentos de Paulo Freire e Hannah Arendt como meios para se refletir sobre a Educação, relacionando-os a partir da noção de liberdade.
Em coerência com os trabalhos realizados em aula na disciplina de Filosofia da Educação neste curso de Educação e Contemporaneidade do IFSul Charqueadas, a ênfase deste ensaio, em sua reflexão final sobre o tema, vai se dar a partir do pensamento de Freire.
O percurso utilizado para a construção do texto foi o mesmo trabalhado e indicado durante a disciplina: autores, conceitos, livros, textos e filmes, com exceção de parte do material sobre Hannah Arendt, incluindo aí o filme O Leitor, que acrescentei como opção “dialógica de educando”. O artigo de Marcos Rolim, o filme Hannah Arendt e o foco em determinados conceitos da autora são indicações da aula ministrada pelo professor Rafael Padilha para a disciplina em 27 de agosto deste ano.
O título desse ensaio, Pedagogia da Liberdade, não é uma pretensão, mas sim uma homenagem à obra de Freire utilizada neste trabalho e a dimensão que essa tem para a luta coletiva por uma educação verdadeiramente dialógica.
Intersecções biográficas e reflexivas
Paulo Freire (1921-1997) e Hannah Arendt (1906-1975), além de partilharem 54 anos de vida no mesmo período histórico (1921-1975), acabaram por ter outras intersecções biográficas e reflexivas.
O menino de condição social remediada (FREIRE, 1985, p.05), que cedo ficou órfão do pai militar, sentiu na pele as agruras de um “oprimido” pernambucano; a judia–alemã de uma família social-democrata de classe média (MOISÉS, 2013), igualmente órfã do pai engenheiro ainda pequena, na juventude viveu a perseguição política