Pedagoga
A República é a criação de um Estado ideal onde Sócrates e alguns outros pensadores da época criaram o perfil com todos os detalhes enfatizados do que seria um “Estado ideal” visando o bem comum da sociedade com detalhes como a formação do cidadão, até a nomenclatura de quem seriam os ‘comandantes/governantes’. A educação do cidadão foi direcionada para formação de defensores do Estado e cada um tem sua função para o bom funcionamento do mesmo.
Platão (Sócrates) destacou alguns pontos fundamentais e outros bem polêmicos, principalmente ao falar da formação das mulheres e filhos, mas se o leitor conseguir fazer a leitura de forma limpa e cronológica percebe-se a evolução do pensamento e até adaptar para algumas sociedades de hoje.
Para manter um adulto perfeitamente centrado em sua função é necessário que haja um trabalho de educação desde o começo de sua vida e voltado exclusivamente para aquela função, assim também eleva a importância de que cada cidadão deveria cuidar de sua função apenas, sem se meter na função alheia. Outro ponto importante é quando Sócrates e Polemarco entendem que para entender e usar Simônides é preciso conhecer vários pontos de seu pensamento e só então considerar que o entenderam. Uma observação importante para valorização do conhecimento da essência de uma coisa para então podermos nos apropriar dela.
Entre tantas contradições, uso da dialética, uma das primeiras foi sobre exatamente o que a obra trata: justiça. Quando a dialética aparece, o leitor atento, consegue fazer um paralelo com suas próprias ideias e então pode acrescentar mais ideias aos diálogos. É um trabalho exaustivo, mas de muita valia para quem deseja entender suas ideias e a do pensador. Quando começa a discussão sobre justiça há a necessidade de encontrar um ser totalmente justo e outro totalmente injusto. E então chegamos na formação do Estado ideal (justo).
Alguns temas paralelos são trabalhados como a questão da