PCR atualização
O termo PCR deve ser empregado nos casos de parada cardiorrespiratória nos primeiros minutos após o colapso do paciente, enquanto ainda há possibilidade da circulação espontânea ser restabelecida, e nos casos em que a ressuscitação cardiorrespiratória (RCP) for bem-sucedida, com retorno à circulação espontânea (RCE).
Nos casos que evoluem para óbito, o evento deve ser chamado de morte súbita cardiovascular (MS), principalmente quando o óbito ocorre de forma natural, por causas cardiovasculares, dentro da primeira hora após o início dos sintomas. Algumas definições estendem o tempo para até 24 horas após o início dos sintomas.
A parada cardiorrespiratória (PCR), parada cardiocirculatória ou parada cardíaca, pode se definida como uma situação extrema de emergência médica, marcada pela cessação súbita da função mecânica cardíaca com consequente colapso hemodinâmico. Pode ser reversível, quando tratada de forma rápida e efetiva. Evolui para óbito nos casos em que não ocorre intervenção adequada e imediata.
A literatura costuma dividia a PCR em três fases distintas: elétrica, circulatória e metabólica. A primeira representa o inicio do colapso cardíaco e ocorre nos primeiros 4 minutos, quando o quadro pode ser revertido pela desfibrilação, reduzindo-se as alterações metabólicas. A segunda corresponde à privação dos substratos metabólicos necessários e dura cerca de 10 minutos. Por fim, a fase metabólica engloba as alterações decorrentes das disfunções teciduais e orgânicas secundarias como acidose, sendo praticamente inevitável a evolução para assistolia e óbito.
A padronização das manobras de RCP tem por objetivo organizar e orientar as condutas de modo a permitir o atendimento mais eficaz e rápido possível ao paciente, como maior chance de sobrevida e menor morbidade, auxiliando a tomada de decisão em momentos críticos e a difusão do conhecimento nos casos de parada respiratória súbita. Alguns aurores delimitam a RCP apenas às compressões torácicas