Paz e gerra

Quatro anos depois da última derrota diante da Coreia do Sul, no mundial de frança em 2007, a selecção nacional sénior feminina de andebol fez a reviravolta, ontem (domingo) ao vingar-se das asiáticas nos oitavos-de-final da prova que decorre em quatro cidades brasileiras.
No histórico de ambos em eventos mundiais, as sul-coreanas levavam vantagem absoluta de cinco jogos e igual número de vitórias, sendo a mais volumosa obtida na Áustria, em 1995. Nessa edição, a equipa nacional perdeu duas vezes com as coreanas. Primeiro na fase de grupos (20-34) e depois nos oitavos-de-final (14-27). Na época, a Coreia do Sul chegou ao título mundial, levando pela primeira vez o troféu fora da europa, num ciclo que marcou o fim do domínio ininterrupto.
A terceira tentativa foi na Croácia, em 2003, na etapa preliminar, com triunfo das asiáticas desta por seis golos de diferença (21-27). A França sagrou-se campeã mundial.
Ainda em fase de grupos, as angolanas deram o primeiro susto às adversárias na Rússia, em 2005, quando perderam apenas na ponta final por três golos (32-35). depois da edição ganha pelas anfitriãs russas, esperava-se por um aperto maior em França-2007, onde as coreanas confirmaram a superioridade sobre as angolanas nas classificativas do quinto ao oitavo lugar (33-41).
Apesar desse resultado, foi aqui onde Angola fez história. A melhor classificação de sempre: sétimo posto. Essa marca deixada pelo técnico Jerónimo Neto "Jojó" continua a ser o maior legado e responsabilidade de quem assume a selecção, cuja meta será sempre melhorar o sétimo lugar e neste 20º mundial, embora o objectivo seja superar o 11º obtido na China, em 2009, tudo se conjuga e como desforra novamente depois da vitória sobre Alemanha.