Paz, uma dádiva do céu
O mundo está em conflito. Enquanto erguemos monumentos À paz, investimos mais na guerra.
Enquanto falamos da necessidade de paz, armamo-nos até aos dentes, preparando-nos para os mais encardidos combates.
As tensões se agigantam entre as nações, dentro das famílias e até mesmo no sacrário da nossa alma. Somos uma guerra civil ambulante.
O homem está em conflito com Deus, com seu próximo e consigo mesmo. A paz será sempre um sonho utópico até que reine o Príncipe da paz.
As Escrituras nos falam de paz com Deus e paz de Deus. A primeira é um estado, a segunda um sentimento.
A paz de Deus nos fala de um relacionamento certo com Deus, fruto da reconciliação com ele, por meio de Cristo.
A paz de Deus é fruto da paz com Deus e tem a ver com um sentimento de gozo inefável, que inunda a nossa alma, mesmo em meio aos vendavais da vida.
Não há paz de Deus sem que primeiro se estabeleça a paz com Deus.
A paz com Deus é a raiz, a paz de Deus é o fruto. A paz com Deus é a fonte e a paz de Deus é o fluxo que corre dessa fonte.
Mas, o que de fato é a paz com Deus?
Ela é fruto da justificação, e justificação é um ato jurídico de Deus, declarando-nos inocentes e inculpáveis diante do seu tribunal, em virtude do sacrifício substitutivo de Cristo, em nosso favor e em nosso lugar.
Mediante a justificação, ficamos quites com a lei de Deus e com a justiça divina, não pesando mais sobre nós nenhuma condenação. Nossos pecados não são imputados a nós, pois foram lançados sobre Jesus na cruz e toda a justiça de Cristo é transferida para o nossa conta, de tal maneira que somos justificados no tribunal de Deus.
[pic]A justificação é um ato e não um processo; é feito no tribunal de Deus e não no nosso coração. Ela não tem graus, uma vez que todos os salvos são de igual forma justificados com base nos méritos de Cristo Jesus. Por isso, a paz com Deus é a mesma para todos os remidos. Nenhum salvo tem mais paz com Deus do que outro.