Payback
De forma geral, quanto mais alongado o prazo de re-pagamento do empréstimo, ou payback, menos interessante ele se torna para o emprestador.
O payback, ou payout, é utilizado como referência para julgar a atratividade relativa das opções de investimento2. Deve ser encarado com reservas, apenas como um indicador; não servindo para seleção entre alternativas de investimento.
Por exemplo, imagine-se uma empresa transnacional tendo que decidir entre dois possíveis investimentos em projetos distintos, em um mesmo país, localizados em áreas geográficas diferentes de sua sede. Imagine-se que tal país ofereça boas oportunidades de negócios, mas também apresente riscos de ordem política, que poderão acarretar violenta desvalorização cambial ou inflação galopante, o que, por sua vez, na hora da remessa de lucros para o exterior, diminuirá os resultados em uma moeda forte. Nesse caso hipotético, a empresa transnacional poderá optar por alternativas de investimento, nesse país em questão, que tenham menor prazo de re-pagamento, vale dizer, menor payback.
Logicamente, investimentos de maior envergadura, como aqueles ligados à infra-estrutura
(hidroelétricas, estradas de ferro, estradas de rodagem), ou na indústria mineral (minério de ferro, petróleo) e siderurgia, poderão ter prazos de re-pagamento dilatados, com payback superior a 10 anos.
Se a política da empresa estrangeira investidora, no entanto, for de acreditar naquele país (geralmente, países em desenvolvimento oferecem boas oportunidades de investimento como as citadas), e de reinvestir seus lucros no país em questão, sem repatriação de lucros convertidos em moeda forte, o peso dado ao fator payback poderá reduzir-se, na tomada de decisão da empresa transnacional