PAXTON, A anatomia do fascismo, Cap 8
874 palavras
4 páginas
Resenha de PAXTON, Robert O. A anatomia do fascismo. Capítulo 8 (p.335-361)Paxton propõe uma questão no início do capítulo – o que é fascismo? –. Ele relembra os cinco estágios do fascismo mostrados no primeiro capítulo de seu livro. Alguns autores crêem que os movimentos iniciais constituem-se no fascismo puro, enquanto que regimes fascistas são corrupções, entretanto tiveram mais impacto que os movimentos por terem em mãos o poder de guerra e de morte. Para Paxton, o fascismo no poder consiste num composto, um amálgama poderoso dos ingredientes distintos, mas combináveis do conservadorismo, do nacional-socialismo e da direita radical, unidos por inimigos em comum e pela mesma paixão pela regeneração, energização e purificação da nação, qualquer que seja o preço a ser pago em termos das instituições livres e do estado de direito.
O autor analisa também o caráter obsessivo dos fascistas como um objeto de estudo da psicanálise, objeto esse (Hitler e Mussolini) encontra-se inacessível. Os psicanalistas partem do pressuposto que se alguns fascistas eram de fato loucos, como seu público os adorava e de como eles conseguem exercer suas funções eficazmente por tanto tempo.
A Alemanha em inícios da década de 30 encontrava-se profundamente polarizada. Os clubes alemães, desde o canto coral até os seguros funerários, estavam segregados em redes separadas de socialistas e não-socialistas, o que facilitou a exclusão dos socialistas e a encampação dos demais pelos nazistas.
Há uma corrente de pensamento que vê o fascismo como uma ditadura desenvolvimentista, estabelecida com o propósito de acelerar o crescimento industrial pela poupança forçada e pela arregimentação da força de trabalho, porém o que Hitler queria era submeter a economia para fazê-la servir a fins políticos.
Paxton faz uma comparação entre o regime nazista de Hitler e o regime de Stalin. Em ambos os regimes, a lei estava subordinada aos imperativos mais altos da raça ou da classe. Concentrar o