Pavimentos para aeroporto
Com a necessidade de vencer longas distâncias em períodos de tempo menores, o uso do transporte modal aéreo vem apresentando um expressivo crescimento. De acordo estimativa de 2008 (IBGE, 2008), o Brasil apresenta cerca de 189,6 milhões de habitantes, distribuídos irregularmente sobre 8.511.965 quilômetros quadrados de continente. O país é dotado de uma malha rodoviária mal conservada, com ferrovias escassas e uma rede fluvial de baixa utilização, o que torna o modal aéreo uma alternativa relevante de deslocamento e, às vezes, a única de acesso a determinadas regiões.
Segundo a ANAC (2008), na região Nordeste existe 144 aeródromos, entre públicos e militares. Com o crescimento nessa modalidade de transporte torna-se necessário que os aeródromos apresentem uma maior vida útil e melhor desempenho nas características físicas e mecânicas dos revestimentos utilizados.
Segundo Bezerra Neto (2004), a granulometria dos agregados é um dos elementos que exerce grande influência no comportamento das misturas asfálticas, visto que ela afeta quase todas as propriedades físicas e mecânicas da mistura. A escolha adequada da granulometria da mistura pode prover um bom comportamento mecânico, principalmente em relação à deformação permanente, trincamento e outras patologias prematuras.
Segundo Roberts et al. (1996), são as propriedades físicas dos agregados que determinam principalmente a adequação para o uso em misturas asfálticas e, em menor extensão, as propriedades químicas, pois essas têm pequenos efeitos sobre o desempenho da mistura, salvo quando afetam a adesividade do ligante asfáltico ao agregado e a compatibilidade com o aditivo (dope) que pode ser incorporado ao ligante.
Devido ao baixo investimento na infra-estrutura aeroviária no país, suas normas apresentaram poucas modificações, a respeito das misturas asfálticas para revestimento em aeródromos. Diante deste cenário e sabendo-se da importância do papel da composição granulométrica das misturas nas