Paulo Maluf
Em 1977 veio à tona o caso em que o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), em 1974, concedeu milhões a uma empresa têxtil de propriedade da família da esposa de Maluf. Juntamente com o ex-ministro do Planejamento, Reis Veloso, foi denunciado por irregularidades na concessão de empréstimos por parte do Estado para tal empresa em falência. O dinheiro em questão era enviado para uma conta no nome da esposa de Maluf, Silvia Luftalla. Anos depois, o Supremo Tribunal Federal arquivou o caso. As evidências, apesar de conclusivas, não foram suficientes para impedir o esquema. O fato de Maluf ter aliados em diversos setores políticos e administrativos é uma possível justificativa para o arquivamento do caso, sem maiores investigações, assim como esclarece também as prováveis medidas utilizadas para garantir a concessão do dinheiro.
Em 1985, Paulo Maluf abriu a primeira conta na Suíça. Ao todo, foram abertas 12 contas nesse país com Maluf ou seus filhos como beneficiários, segundo investigadores suíços. Em 1997, dinheiro de uma das contas atribuídas a Maluf na Suíça foi enviado para as ilhas Jersey, paraíso fiscal britânico, confirmando a existência de tais contas. Ele nega o fato de ter contas no exterior, ainda que essa seja uma informação inquestionável para o Ministério Público, porém insuficiente, considerando a grande influência de Maluf no governo brasileiro.
Em 2012, a Corte Real de Jersey determinou que empresas offshore ligadas a Maluf devolvam recursos que teriam sido desviados dos cofres de São Paulo. O valor a ser devolvido aos cofres paulistanos é de US$ 28,3 milhões. As empresas offshore recorreram da decisão. Assim como, recentemente, teve seu nome incluído na lista dos procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia