Paulo Freire
a) APROXIMAÇÃO SEMÂNTICA AO TERMO EXTENSÃO.
“quem estende, estende alguma coisa (objeto direto da ação verbal) a ou até alguém – (objeto indireto da ação verbal) – aquêle que recebe o conteúdo do objeto da ação verbal."
“estender seus conhecimentos e suas técnicas.”
”sua ação de extensão... equivale dizer que a extensão de seus conhecimentos e de suas técnicas se faz aos homens para que possam transformar melhor o mundo em que estão.”
em seu “campo associativo”, o têrmo extensão se encontra em relação significativa com transmissão, entrega, doação, messianismo, mecanicismo, invasão cultural, manipulação, etc. transformando o homem em quase “coisa”.
Tarefa fundamental do extensionista, “persuadir as populações rurais a aceitar nossa propaganda”. (refere-se às possibilidades técnicas e econômicas).
Persuadir, não é conciliável com o termo educação, tomada esta como prática da Liberdade.
Persuadir implica, no fundo, num sujeito que persuade, desta ou daquela forma, e num objeto sobre o qual incide a ação de persuadir. Neste caso, o sujeito é o extensionista; o objeto, os camponeses. Objetos de uma persuasão que os fará ainda mais objetos da propaganda.
O trabalho autêntico do agrônomo como educador, do agrônomo como um especialista, que atua com outros homens sôbre a realidade que os mediatiza.
Aos homens se lhes problematiza sua situação concreta, objetiva, real, para que, captando-a crìticamente, atuem também crìticamente, sôbre ela.
“Como educador, se recusa a “domesticação” dos homens, sua tarefa corresponde ao conceito de comunicação, não ao de extensão.”
ao submeter o têrmo ex-tensão a uma análise semântica, ao estudar seu “campo associativo” de significação, verificamos a incompatibilidade entre êle e uma ação educativa de caráter libertador.
b) O EQUIVOCO GNOSIOLÓGICO DA EXTENSÃO.
real importância para o trabalho do agrônomo -educador.
Por isto mesmo é que, no processo de