PAULO FREIRE E ANTONIO GRAMSCI E A EDUCAÇÃO IDEOLÓGICA

PAULO FREIRE E ANTONIO GRAMSCI E A EDUCAÇÃO IDEOLÓGICA

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Uma vez que nos encontramos inseridos no âmbito da educação, seria interessante iniciarmos realizando a análise de tal palavra, ou seja, entender que a educação nada mais é que um ato de aprendizagem, seja ele norteado ou não por regras. Assim, há a pretensão de desenvolver um raciocínio que abarca questões não só a respeito da educação ideológica como também uma de suas principais bases sociais, que seria a escola..
A construção da estrutura educacional que vigora hoje teve sua criação no momento em que o capitalismo se inseria nos moldes da economia, assim, a educação deixa seus princípios para trabalhar com o objetivo capitalista, ou seja, a formação de cidadãos para o trabalho. Lendo de maneira superficial a afirmação anterior fica um tanto quanto confuso entender que fala-se de algo nada positivo, visto que quando falamos dos trabalhadores que o sistema capitalista necessita, estamos nos referindo a cidadãos mergulhados em um mundo alienado, dentro do qual ele precisa apenas atuar como um ser mecânico. No mundo capitalista, aos olhos da classe dominante, o homem da classe operária não precisa pensar, ele precisa apenas ser um operário do capital – alguém que ceda sua mão-de-obra sem lançar questionamentos que possam atrapalhar o círculo capitalista. Na sociedade brasileira, temos um Estado autoritário, que atua de maneira autoritária; é este Estado que transforma a escola em seu aparelho reprodutor ideológico. Sua função básica é atender aos interesses do Estado, ou seja, manter um modelo educacional que preza pelo processo alienador, não pensante, para que assim os interesses da classe dominante sejam preservados. É interessante observar que na escola diversas vertentes (que precisam ser dominadas pelo Estado) se encontram, como o discurso de caráter religioso, familiar, pedagógico. Dessa