Paul Strand
Paul Strand (1890-1976) tornou-se uma referência na história da fotografia do século 20, sobretudo pelo impacto provocado por sua obra mostrada em Nova York, nos anos 1910 e 1920, em galerias e revistas de arte moderna. Suas fotos apresentavam uma abordagem direta da vida nas ruas da metrópole industrial, o que era incomum naquele contexto. Naturezas-mortas, closes de utensílios domésticos e máquinas revelavam um novo ponto de vista sobre o cotidiano, além de estarem estreitamente vinculadas à pintura de vanguarda da época, como o cubismo e o abstracionismo geométrico.
Durante os anos 1930 e início da década seguinte, Strand dedicou-se quase que exclusivamente à realização de filmes documentários, nos quais trabalhou como produtor, fotógrafo, diretor e editor. O curta-metragem Manhatta, realizado em 1921, em parceria com o fotógrafo e pintor Charles Sheeler, é considerado um dos primeiros filmes experimentais realizados nos Estados Unidos. A obra mostra Nova York como uma metrópole industrial e frenética, com suas sequências de prédios, trabalhadores da construção civil e multidões.
A realização desta exposição é uma parceria entre o Museu Lasar Segall, o Instituto Moreira Salles e a Aperture Foundation – instituição responsável por preservar e divulgar a obra de Strand.
Dentro do espaço expositivo, em caráter contínuo, será exibido o filme Manhatta, dirigido por Paul Strand e Charles Sheeler, no ano de 1921. Ficha Técnica
Manhatta. Direção: Paul Strand e Charles Sheeler. Poemas de Walt Whitman. EUA, 1921, 11 min, P&B. Classificação: livre. Filme pioneiro das Sinfonias Urbanas, que