Patrulha policial
1. Evolução da Criminalidade
Na década de 80 os marginais só eram achados com revólveres cal. 38 e espingardas cal. 12. Por conseguinte os armamentos dos policiais também eram cal. 38, submetralhadora mt 12, o treinamento era baseado em abordagem de veículos e edificações.
Com o advento do Crime Organizado e o surgimento das facções criminosas tendo já na década de 90 a adoção de fuzis, defesa de área, segurança e alarmes, bondes (arrastões) por parte dos marginais. A polícia se viu obrigada a também adotar fuzis, pistolas e a produzir técnicas especiais de patrulha urbana e técnicas de tiros para fazer frente e sobrepor-se à ação desses delinqüentes.
Ressalta-se ainda que as instituições policiais que até então eram amplamente fiscalizadas e controladas pelas forças armadas e como tal tinham suas ações fortemente influenciadas por doutrinas empregadas pelas instituições militares desde sua organização e formas de atuação, uma vez que o país passou por um longo período de governo militar.
Nesse sentido as técnicas de patrulha adotadas durante esse período de domínio militar eram voltadas para o combate aos grupos de guerrilhas e paramilitares que insurgiam com interesses reivindicatórios de liberdade política, e conquistas de direitos e garantias democráticas, considerando que o país passava por um período de repressão.
Contudo com o advento da constituição de 1988, onde foi assegurando em nossa carta magna os direitos e garantias individuais e coletivos, consolidando o Estado Democrático de Direito, as instituições policiais não poderiam mais adotar as doutrinas de emprego, e a fundamentação ideológica anteriormente utilizada, devendo atuar em defesa da sociedade, dentro de preceitos legais, considerando ainda que a existência dos grupos de guerrilhas foram extintas.
Desta forma a evolução da criminalidade aliada necessidade de adoção de técnicas policiais com organização e estrutura peculiar, amparadas no ordenamento jurídico