Patriarcado
Consiste na relação entre dois discursos caracterizada por um citar o outro.
Toda relação interdiscursiva é também uma relação intertextual. Contudo, a intertextualidade é mais ampla: quando um discurso cita o outro, não há apenas uma referência ao texto ou partes do texto, mas também à situação de produção dele (quem fez, para que, em que momento histórico, com qual finalidade etc.), à ideologia subjacente e aos significados que esse discurso foi assumindo historicamente.
Texto 1
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores,”
(trecho do Hino Nacional Brasileiro)
Texto 2
Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia.
(Mendes, Murilo. Canção do exílio.)
Texto 3
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(Dias, Gonçalves. Canção do exílio.)
Os três textos são semelhantes. Como o de Gonçalves Dias é anterior aos dois primeiros, o que ocorre é que estes fazem alusão àquele. Os dois primeiros citam o texto de Gonçalves Dias. Houve aqui não só a citação de um texto pelos outros, mas também a relação de sentido (temática), o que caracteriza a interdiscursividade.
O primeiro texto, de Casimiro de Abreu, foi escrito no século XIX; o segundo texto, de Oswald de Andrade, foi escrito no século XX. As semelhanças entre os textos são evidentes, pois o assunto deles é o mesmo e há versos inteiros que se repetem. Portanto, o segundo texto cita o primeiro, estabelecendo com ele uma relação intertextual.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/concursos/artigos/46670/interdiscursividade#ixzz3JGIic51i Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam