Patologias Congênitas do Sistema Digestivo
O que é?
Atresia de Efôfago (AE) é uma malformação congênita caracterizada pela interrupção da luz esofágica em algum ponto da sua porção torácica.
Como ocorre?
O esôfago se forma a partir de um tubo endodérmico comum ao intestino primitivo e ao broto respiratório que sofre processo de septação entre o vigésimo primeiro e o vigésimo terceiro dia de vida intrauterina. As anomalias traqueoesofágicas normalmente ocorrem entre a quarta e a quinta semanas de gestação.
Qual a incidência?
Ocorre em uma faixa de 1:3000 a 1:10000 nascidos vivos. Em geral est[a associada a outras malformações ou síndromes genéticas como a Síndrome de Down.
Qual o quadro clínico?
O quadro clínico de AE é facilmente identificado desde as primeiras horas de vida pois o RN deve apresentar salivação espumosa pela boca e narinas, acompanhada de tosse, cianose, dispneia e sufocação devido à aspiração. Associado a esse quadro, o abdome pode se apresentar distendido em casos de presença de fístula traqueoesofágica ou escavado se não houver fístula.
O sinal mais precoce da AE é o poliidrâmnio e pode ser observado por meio de ultrassom pré-natal. O poliidrâmnio ocorre em 80% dos casos de atresia esofágica sem fístula e em 35% doss casos com fístula.
Como é feito o diagnóstico?
A hipótese diagnóstica de AR ´r confirmada por meio de exame radiológico de tórax e abdome, visualizando o coto proximal contrastado pelo ar ou então a presença de ar no estômago e nas alças intestinais demonstrando a presença de fístula traqueoesofágica. Algumas vezes pode-se observar distensão gasosa localizada e bolhas de calibres variados indicando a presença de malformações digestivas associadas. Em geral não é necessário o estudo com contraste pois pode levar à aspiração pulmonar de contraste. Contudo se, em alguns casos persistir dúvida em relação ao diagnóstico, injeta-se 1 mL de contraste via sonda oroesofágica para visualizar o fundo cego do estômago proximal.
Qual o tratamento?
O