Patogenia das doenças virais e a resposta imune celular
Em nenhuma outra forma, a diversidade biológica se mostra tão ampla quanto nos microorganismos, seres que não podem ser diretamente observados a olho nu, sem o auxílio de instrumentos. Quanto à forma e função, quer se tratando de propriedades bioquímicas ou de mecanismos genéticos, a análise dos microorganismos nos leva até o limite da compreensão biológica. Dessa forma, a necessidade de originalidade – um dos requisitos para a comprovação de uma hipótese científica – pode ser totalmente suprida em microbiologia. Para ser útil, uma hipótese deve fornecer elementos básicos para uma generalização, e a ampla diversidade microbiana nos fornece um vasto material de estudo. Dentre essa diversidade microbiana temos os vírus, microorganismos que dependem de células hospedeiras para o desempenho de suas funções essenciais, tais como a replicação e a produção de energia metabólica (JAWETZ et al, 2000).
As propriedades singulares dos vírus os distinguem do mundo dos seres vivos. A heterogeneidade entre os vírus é assegurada por sua dependência a um hospedeiro para a replicação.
De certo modo, um vírus pode ser definido como uma extensão genética de seu hospedeiro. As interações vírus-hospedeiro tendem a ser altamente específicas, e a variedade biológica de vírus existentes reflete a diversidade das possíveis células hospedeiras. A maior diversidade dos vírus é exibida por sua ampla variedade de estratégias para a sua replicação e sobrevivência. (JAWETZ et al, Microbiologia médica, 2000, p.01)
Os vírus podem ser denominados como conjuntos de genes capazes de se transferir de uma célula para outra e de direcionar a atividade das organelas celulares no sentido de reproduzi-los e transferi-los para o exterior, onde vão infectar outras células (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1998). Toda célula se origina de outra célula, o que não acontece com os vírus, que são fabricados pela maquinaria celular, seguindo