Paternidade Socioafetiva

PATERNIDADE SOCIOAFETIVA Ser pai já foi considerado algo puramente biológico, mas as mudanças culturais mostram que a paternidade requer envolvimento afetivo, proteção da dignidade e dos interesses da criança. Desta forma, a paternidade deixa de ser considerada algo dado, para se algo que se constrói ao longo do tempo, através da criação de vínculos afetivos. A paternidade socioafetiva, portanto, é aquela que, apesar de não apresentar laços sanguíneos, é conduzida pelo elemento principal de uma relação parental: o afeto.
A paternidade é de suma importância na vida da criança, sobretudo na primeira infância onde a figura paterna influencia a criança, mostrando o que é certo e errado, participando do desenvolvimento de sua personalidade. E, em vários casos, não é o pai biológico que assume esse papel. Isso acontece porque, muitas vezes, crianças e adolescentes acabam acompanhando suas mães quando estas contraem um novo casamento, ou um vínculo amoroso, no qual o companheiro acaba fazendo as vezes do pai biológico, abrindo caminho para essa nova entidade familiar, denominada paternidade socioafetiva. Esse tipo
Existem inúmeras situações e vários motivos no campo familiar, que acabam afastando as crianças de seus pais biológicos, e fazendo com que elas integrem uma nova família composta pela afetividade, como podemos ver,por exemplo, nos casos de adoção. Portanto, podemos avaliar a afetividade como principal função para estabelecer os laços entre pais e filhos. Assim, podemos afirmar que pai é, simplesmente, aquele que, mesmo tendo consciência que aquela criança não é seu filho, torna-o seu através das atitudes que os entrelaçam ao longo de suas vidas.
A paternidade socioafetiva pode se manifestar de diversas formas, sendo as quatro principais: o filho de criação, a adoção judicial, “adoção à brasileira” e o reconhecimento voluntário ou judicial. Apesar da adoção à brasileira – prática que ocorre quando a criança, logo após seu nascimento, é registrada