Pastor
Aluna: Mafalda Cordeiro
Orientador: Prof. Ms. Isaar Soares de Carvalho
Os homens são vítimas da superstição devido à insegurança e pela fortuna lhes ser desfavorável muitas vezes. Oscilam entre a esperança e o medo por isso são levados a crer a crerem muitas coisas. Entretanto quando se sentem seguros se tornam orgulhosos e presunçosos. Quando prósperos julgam-se sábios e se ofendem com alguém que quiser lhes dar algum conselho, já nas adversidades ouvem todos e seguem qualquer conselho.
Os escravos das superstições são aqueles que mais desejam bens incertos. A
SUPERSTIÇÃO TEM COMO ALIMENTO O MEDO. A esperança, o ódio, a cólera e a fraude fazem com que ela subsista, pois não provêm da razão e sim unicamente da paixão. A monarquia mantém os homens enganados sob o nome de religião e mantidos em regime de servidão acreditando na salvação. Ao derramar sangue em nome da vaidade de um só homem pensam estar agindo de maneira honrosa e não se envergonham disso, enquanto que em uma República livre é impossível tentar algo tão deplorável , e a liberdade é compatível com a piedade, com a paz social.
Espinosa diz que muitas vezes se espantou com a ferocidade com que cristãos se defrontam, demonstrando um ódio tão exacerbado que seria difícil diferenciar uma religião da outra, pois tal atitude iguala a todos. Também quanto ao modo de vida não se diferenciam.
Os ofícios religiosos atraem muitos por serem considerados como títulos de nobreza e os sagrados ofícios são almejados pela ambição e sórdida avareza. A Igreja tornou-se tal qual um teatro onde ao invés de instruções ouviam-se exibições e censuras aos dissidentes. A fé se tornou crendice e a atitudes preconceituosas cegando a razão e as ações.
A luz divina deve levar ao amor e não à soberba. Muitos ensinamentos eram aristotélicos ou platônicos e não provinham da Escritura que deverá sempre ser compreendida sob rigoroso