PASTOR DE OVELHAS E BOIADEIRO
A escola estóica floresceu durante muitos séculos, tanto na Grécia como em Roma. A palavra estoicismo vem de stoá, da expressão grega στοά ποικίλη, o "pórtico pintado" de Atenas[1] onde o fundador da escola, Zênon de Cítion, se reunia com os discípulos.
Fases
Tradicionalmente, a evolução do estoicismo é dividido em três fases, conhecidas por stoá antiga, média e nova.
A stoá antiga compreende a época do fundador, Zênon de Cítio (-333/-262), e dos primeiros escolarcas atenienses, Cleante de Assos (-331/-232) e Crisipo de Soli (-280/-207). Com a stoá média, que abrange a época de Panécio de Rodes (-185/-109) e de Posidônio de Apaméia (-135/-51), o estoicismo recebeu grande influência do platonismo e chegou a Roma.
Na última fase, a da stoá nova, o estoicismo foi dominado pelos romanos e seus principais representantes foram Lucius Annaeus Seneca (Sêneca, o Jovem, -4/65), Epicteto (55/135) e o imperador romano Marco Aurélio (121/180); somente os dois últimos deixaram obras em grego.
O estoicismo influenciou consideravelmente o neoplatonismo e, embora nunca tenha desaparecido totalmente, a vitalidade e a importância da escola declinaram progressivamente a partir do século III.
A doutrina estóica
O que sabemos atualmente da doutrina estóica se baseia um pouco nos fragmentos disponíveis dos primeiros filósofos e muito nos escritos dos filósofos do Período Greco-romano (stoá nova).
O estoicismo não veio propriamente do nada. Os filósofos da stoá antiga, que estabeleceram a base da doutrina, receberam diversas influências. Heráclito de Éfeso, por exemplo, influenciou a Física; Diodoro Crono (c. -300), a Lógica; os cínicos e, consequentemente, Sócrates, a Ética. É praticamente impossível determinar com certeza a contribuição individual dos estóicos mais antigos. Para Zênon, aparentemente, a virtude era o objetivo final da vida, e prazer e dor não tinham importância; Cleante, em seu Hino a Zeus, discorreu sobre o livre-arbítrio; Crisipo sistematizou a