Passagens de antiguidade romana ao ocidente medieval: leituras historiográficas de um período limítrofe
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“Passagens de Antiguidade Romana ao Ocidente Medieval: leituras historiográficas de um período limítrofe”. A Igreja, que tinha sido a parasita do Império Romano, acabou participando do colapso desse império, recebendo dele a lógica do trabalho degradante e da imobilidade técnica. Por isso, o conhecimento esteve sempre relacionado às elites, o próprio conhecimento do latim demonstra isso. A mudança foi lenta, já que a Igreja perpetuou o parasitismo, porém, a vida monacal terminou dignificando o trabalho, aliado da oração. Também a necessidade de converter a massa de invasores fez com que ocorresse uma latinização da Europa. Dessa forma, a Igreja contribuiu com a esfera cultural na transição para o feudalismo. Foi com os Francos que surgiu a aristocracia supra étnica (casamentos cruzados) baseada no domínio de condados. Carlos Magno construiu um governo imperial aliado a instituições feudais, pois, doava terras em troca da prestação de serviços. Pouco a pouco foi acontecendo a fusão da vassalagem e do benefício. E surgiu a cavalaria. Então, as guerras e a limitação do comércio fizeram com que a posição da massa agrária deteriorasse. Um isolamento europeu foi se estabelecendo. Formou-se a Europa Ocidental Medieval. As principais características da Europa feudal foram: a economia rural com o trabalho e a produção sem valor de mercado; a servidão; a investidura; a prática da cavalaria; uma cadeia social de vassalagem; uma relação social rígida; a soberania política descentralizada; um amalgama de exploração econômica e política; a desagregação das funções do Estado, uma vez que havia um complicado labirinto político-jurídico feito de direitos e poderes superpostos e da coexistência de alódios, domínios, terras comunais e aldeias com diversos senhores. Na prática, não houve um único modo de produção, o sistema pré-feudal de terras comunais coexistia com o sistema senhorial. Além disso, se a Antiguidade se caracterizou por ser a história das cidades, a