Passagem da ciência da época medieval à moderna
O homem era entendido como pecador, dividido e constituído por corpo e alma, matéria e espírito, sujeito a erros e ilusões devido sua natureza pecadora e dividida, entre fé e razão.
Esta perspectiva cristã trouxe para filosofia uma série de questionamentos, entre eles a pergunta sobre como em tais condições, era possível conhecer a verdade. Como o homem finito pode conhecer a verdade infinita ou evitar as ilusões e os erros?
Na época medieval a resposta vigente consistia em afirmar que através da fé o homem iluminava seu intelecto e auxiliado por Deus percebia a verdade revelada.
A filosofia moderna teve seu inicio quando filósofos contestaram a forma medieval de conceber a verdade, e postaram no centro da discussão a questão do conhecimento.
Se a questão central da filosofia medieval consistia na fé e nas obras de Deus, na filosofia moderna a questão central passou para o problema do conhecimento.
Esta passagem do pensamento medieval para o moderno se dá em um processo de desmoronamento sistemático das verdades medievais,
Um dos filósofos que se destacou neste período foi René Descartes.
Em seu método, Descartes privilegia a matemática como mediadora da razão em uma relação de causa e efeito, demonstrando que a verdade pode ser alcançada através do sujeito do conhecimento.
Podemos entender a filosofia moderna como sendo o período onde surge o sujeito do conhecimento, indagando sobre sua capacidade de conhecer e predominando a idéia da conquista cientifica e da técnica baseada na explicação mecânica e matemática do universo.
Além de Descartes que defendia o racionalismo, encontramos em Locke, com sua proposta de analisar as formas de conhecimentos existentes e apontando para os diversos graus de