Pasolini Lado C
junho/2012
Luiz Carlos Lacerda, o Bigode
“Outro absurdo é a Ancine, que era uma demanda dos cineastas, mas acabou virando um cabide de empregos com altos salários de funcionários ‘concursados’ e que trata o produtor brasileiro como bandido.”
q Silveira de Souza no “Cine Imperial” q Ricardo Weschenfelder replica Pedro MC q Vinícius Honesko e as visões desesperadas de Pasolini
Debate e resistência
Fábio Costa Menezes | formado em cinema pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), atualmente é colaborador da ONG Vídeo nas Aldeias. fifo lima | jornalista. Trabalhou na editoria de cultura dos jornais O Estado, A Notícia e Diário Catarinense. É graduado em letras pela Ufsc. Trabalha com assessoria de imprensa para festivais e é jurado de editais de cinema.
Chegamos ao segundo número da Lado C. Com ele, algumas questões são colocadas em pauta. A primeira é a vitória sobre o descontinuísmo das publicações especializadas em cultura e, num recorte, de publicações voltadas quase que exclusivamente ao audiovisual. A segunda, a de que as publicações impressas podem e devem resistir à ideia de que só existe possibilidade de inserção de debates no meio virtual. Para que gastar dinheiro, perguntam incautos detratores, com algo que poderia muito bem ser veiculado na internet? Socraticamente, pela mesma ótica, perguntamos: devemos fechar todas as editoras e não publicar mais livros?
A Lado C, nesse espírito de resistência, publica a entrevista crítica com um dos cineastas mais importantes do país, Luiz Carlos Lacerda. No mesmo tom, dá espaço para Ricardo Weschenfelder fazer a réplica da crítica que Pedro MC fez, no primeiro número, do filme Memórias de passagem, de Marco Stroisch. Publicamos, ainda, o ensaio pulsante de Vinícius Honesko sobre as visões desesperadas de Pasolini, a crítica de Fifo Lima sobre o premiado curta-metragem de Cíntia Domit Bittar, Qual queijo você quer?, a crônica poética do escritor Silveira de Souza,