Partidos de cartel
São caracterizados devido ao modo de financiamento, os meios que utilizam para captar votos nas campanhas eleitorais e a relação entre partidos, sociedade e o Estado.
O modelo de financiamento evolui e os partidos de cartel tornam-se dependentes dos fundos e benefícios do Estado. Este financia e cede os seus meios para uso dos partidos de modo a preservarem-se e sobreviverem no mercado político. Este financiamento é integral ou dominantemente público e leva á “estatização” dos principais partidos devido á sua dependência.
A relação existente entre partidos é caracterizada por uma cartelização dos principais partidos, isto é, a criação de cartéis ou alianças entre os partidos instituídos de modo a obter recursos públicos e para controlar o “mercado político”. Estes negociam e formam entre si acordos para poderem obter os recursos necessários e o modo de divisão destes para a manutenção dos partidos. É necessária a existência de uma estabilidade política e sem muitos acontecimentos negativos que possam fragilizar o mercado político, para tal os partidos unem-se e protegem-se.
Os cidadãos, neste modelo partidário, são relegados para outro plano ao ser substituído pelo Estado para a promoção dos partidos para poderem competir e para serem agentes da democracia. A sua distanciação da sociedade e aproximação do Estado é visível, apenas retornam aos eleitores quando necessitam de legitimar a sua posição de representantes. Este tipo de partidos tem uma orientação marcadamente eleitoralista.
Caracterizam-se por uma crescente automatização das lideranças de topo em relação aos membros de base e aos dirigentes intermédios.
A nível da profissionalização dos membros verifica-se que esta evolui de um profissionalismo