Partido cominista - livro
No ano de 1847 Karl Marx e Friedrich Engels foram encarregados de redigir, a pedido da Liga dos Justos (que depois se chamaria Liga dos Comunistas), uma brochura que deveria servir como cartilha para este grupo, foi assim, que em 24 de fevereiro de 1848 surgiu o que é sem dúvida a propaganda política mais bem sucedida de todos os tempos, O Manifesto do Partido Comunista.
Um livro de estrutura bastante simples; uma breve introdução, três capítulos e uma rápida conclusão. Agora, comparado com os primeiros escritos de Marx, houve um enorme progresso no impacto causado pela palavra escrita, segundo John Kenneth Galbraith “O que antes era excessivamente prolixo e rebuscado, agora se apresentava de maneira sucinta e emocionante - uma série de marteladas”. Ao que tudo indica o objetivo era alcançar as massas, o que ocorreu de forma certeira, mas não imediata.
Segundo Eric J. Hobsbawm apesar do manifesto logo na primeira edição ter sido editado para inúmeras línguas, inicialmente obteve significativa importância apenas nos pequenos círculos revolucionários alemães, somente obtendo grande relevância entre as massas quando foi republicado em 1870.
O ano de 1848 é um ano explosivo para a Europa, diversos movimentos eclodem por todo o continente é a chamada, “primavera dos povos” que segundo Hobsbawm “foi a primeira revolução potencialmente global(...) a única a afetar tanto partes desenvolvidas quanto as atrasadas do continente. Foi a mais ampla e a menos bem-sucedida(...) no breve período de seis meses de sua explosão, sua derrota universal era seguramente previsível, dezoito meses depois, todos os regimes que derrubara, com exceção de um, foram restaurados”.
George Rudé aponta dois fatores determinantes que fizeram as revoluções de 1848 não se assemelharem a de 1789. O inicio da indústria moderna e a difusão das ideais socialistas entre as massas trabalhadoras. Os pensamentos de Babeuf, Blanqui, Barbès, Blanc, Cabet, Proudhon e Saint-Simon,