partido arquitetonico

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A presença de Lucio Costa contribuiu decisivamente para que a arquitetura brasileira, entre os anos 30 e 60, fosse uma das expressões mais vivas e respeitadas da nossa cultura. Sua atuação lúcida e contínua ao longo do século XX determinou novos rumos e estabeleceu critérios, estruturando o movimento moderno no país

Formou-se arquiteto na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro em 1924. No início de sua carreira fazia a arquitetura eclética em voga na época, e foi o arquiteto mais prestigiado do movimento neocolonial. Entretanto, em 1924, uma viagem à Diamantina o colocou diante da pureza e da simplicidade da arquitetura civil do período colonial – tão distante dos projetos que então fazia. Cinco anos depois mudou radicalmente o rumo de sua atuação profissional, rompendo com o movimento neocolonial e procurando a linguagem plástica correspondente à tecnologia construtiva do seu tempo.

Em 1930 foi incumbido pelo governo Vargas da reformulação do ensino na Escola Nacional de Belas Artes. A partir de então, sua presença foi fundamental na eclosão e consolidação da arquitetura moderna brasileira – em 1936, com o projeto do Ministério da Educação e Saúde, quando conseguiu a vinda de Le Corbusier ao Brasil e sua permanência por 4 semanas entre nós, e em 1938 com o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York, com a colaboração de Oscar Niemeyer. Nessa época, a defesa da “boa causa” da arquitetura passou a ter, para Lucio Costa, sentido de “missão”.

Em 1937 ingressou Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde permaneceu até se aposentar, em 1972. Assim, contribuiu decisivamente para o estabelecimento do diálogo e do vínculo entre tradição e modernidade que caracteriza a nossa arquitetura, e se evidencia em seus projetos a partir dos anos 40.

Em termos de urbanismo, foi responsável por várias intervenções pontuais no Rio de Janeiro, e quando venceu o concurso público para o Plano Piloto da Nova Capital, em 1957, já dispunha de uma

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