Particularidades da formação histórica brasileira e questão social
A questão social resultou das relações de exploração do trabalho pelo capital. Entretanto, por ser a variável que provoca as respostas da classe dominante no contexto do capitalismo dos monopólios, por meio das políticas sociais, assim surgiu a necessidade de ampliar a compreensão em torno da "questão social" a considerando também em suas dimensões históricas. Por isso é que entre as particularidades da "questão social" no Brasil estão de um lado a super exploração do trabalho, cujo valor sempre precisou ser mantido bem abaixo dos padrões vigentes em outros países, notadamente os de capitalismo desenvolvido, para que o país continuasse atrativo aos seus investimentos produtivos; de outro, uma passivização das lutas sociais que historicamente foram mantidas sob controle do Estado e das classes dominante
A revolução industrial não ficou vinculada somente na introdução de maquinas a vapor e da mecanização do meio de produção. Ela foi o marco da “vitória” da indústria capitalista. Onde o empresário, uma nova figura para sociedade, foi aos poucos se tornando detentor das maquinas, das terras e das ferramentas, passando a converter grandes massas humanas em simples trabalhadores despossuídos. No inicio da industrialização houve uma intensificação da pobreza de tal forma, que o ser humano que já era pobre passou a viver como verdadeiros animais, onde seus patrões não mostravam interesse em melhorar as condições de trabalho, somente de intensificar cada vez mais os lucros, independente da forma que fosse obtido.
“A formação de uma sociedade que se industrializava e urbanizava em ritmo crescente implicava a reordenação da sociedade rural, a destruição da servidão, o desmantelamento da família patricial etc. A transformação da atividade artesanal [...] em atividade fabril, desencadeou uma maciça emigração do campo para a cidade, assim [...] engajou mulheres e crianças em jornadas de trabalho de