Participação, militância, resistência e luta
Estamos vivenciando o paradoxo entre o desenvolvimento econômico e a pobreza, entre a globalização e a individualização nas relações sociais, entre a construção e a não-socialização do conhecimento, entre o discurso em defesa da cidadania e a desvalorização da pessoa humana, entre o aparelhamento do Estado democrático e a banalização da vida, entre o fortalecimento das instituições e crise da ética na política. A equalização destes problemas passa, indubitavelmente, pela qualidade na educação.
O iluminado educador Paulo Freire nos alertava que “A educação não transforma o mundo. A educação muda as pessoas e as pessoas transformam o mundo.” E nós, trabalhadores e trabalhadoras em educação, somos arautos dessa transformação.
Devemos, então, cientes deste glorioso papel social, prosseguir com a revolução inexorável para a qual nos propomos a cada dia em nosso trabalho. Coragem para a luta e disposição militante deve ser o lema da bandeira que empunhamos.
E sempre haverá espaços para podermos nos manifestar: na escola, na sala de aula, na rua e, principalmente, no sindicato.
O que não devemos é nos calar. É no nosso silêncio que nos arrocham, nos achacam, nos aprisionam, nos amarram. nos exploram, nos amedrontam e nos ignoram. O nosso silêncio é alienação e sujeição, é aceitação dos ditames daqueles que estão a serviço da ordem capitalista.
A nossa luta é pela valorização da educação, principalmente diante da magnitude das mudanças na estrutura educacional por nós reivindicadas, posto que não acreditamos em benesses de um poder público que se vincula a interesses econômicos, e que não há nenhuma mudança estrutural e avanços sem que haja luta, embate, choque de idéias, movimento e enfrentamento. Contudo, nossa luta é, também, dialética, isto é, do choque dos contrários (os elementos conflitantes) e do debate determinar-se-á uma outra dimensão, processo que não se tem vencidos nem vencedores, na qual a