PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO NO FUNCIONAMENTO DO CORPO HUMANO E NAS FUNÇÕES VITAIS
O Sistema Nervoso Autónomo permite controlar a ação do organismo no meio ambiente interno, regulando a atividade dos órgãos viscerais (glândulas, músculos liso e cardíacos) e dividindo-se em dois eixos de ativação (simpático e parassimpático). O presente artigo procura expor conceitos básicos em torno da composição e funcionamento do sistema nervoso autónomo. Para a elaboração do trabalho foram revistas obras nas áreas da anatomia humana, psicologia, psicofisiologia e psicofísica, bem como alguns artigos científicos sobre o tema. Tendo em conta o funcionamento autónomo, as evidências referem que este é responsável pela interação corpo-mente, garantindo o funcionamento das necessidades vitais básicas. Com apoio da literatura consultada podemos concluir que por via da experiência psicológica, as funções autónomas podem ser alteradas, quebrando a homeostase, que em casos prolongados podem provocar problemas de saúde associados (eg. stresse), sendo uma área de estudo crescente para disciplinas como a psicofisiologia e psicofísica, temáticas exploradas no âmbito da unidade curricular.
Nas suas reflexões sobre os fundamentos neuronais da razão, Damásio (2001) questionou a conceção da visão mecanicista, do filósofo Descartes, de que a razão está separada das emoções, existindo sistemas neurológicos diferenciados, um para a mente e outro para a emoção. Apoiando-se nos casos de Phineas Gage e Elliot, Damásio (2001) mostrou que os processos biológicos da mente e da emoção estão interligados, sendo como tal improvável que, quer em temos ontogénicos quer filogenéticos, as estratégias da razão humana tenham evoluído sem a influência dos mecanismos de regulação biológica, dos quais, segundo o investigador, “a emoção e o sentimento são expressões notáveis” (p. 14). Além disso, a maturação da própria racionalidade dependerá, provavelmente, segundo o investigador, de um exercício continuado