Partes importantes do livro MAUS
Um ponto muito importante antes de entrarmos na obra que será analisada é defini-la. A maneira mais simples seria dizer que se trata apenas de uma história em quadrinhos sobre o Holocausto, mas, dessa forma cairíamos numa descrição razoável e superficial. Maus é baseado no testemunho e não na imaginação. O livro utiliza de uma linguagem nova, para falar de um assunto delicado, um assunto que aborda a morte de milhões de judeus pelos nazistas durante a 2ª guerra mundial. Maus pula de conversas entre Artie e seu pai em Nova York para eventos na Polônia e Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. No livro, os judeus são retratados como ratos, os alemães como gatos e os poloneses como porcos. PARTE I “Sem duvida os judeus são uma raça, mas não são humanos”. Logo no começo é possível observar que Artie e seu pai não tinham uma relação muito boa, o que rende ótimos diálogos. Durante a história percebemos o motivo de Vladek ser tão “cabeça dura” e tão apegado as coisas materiais. A realidade de Artie e seu pai são completamente diferentes e ai é que vem o choque entre as duas. Vladek que na sua vida já perdeu tudo, inclusive sua mulher que muitas vezes aparece bem, mas nunca recuperada dos seus problemas pisicológicos, e Artie que nasceu depois da guerra, nos EUA, e sem a menor noção do que o pai passou.
Embora a busca pela memória da mãe, representado pelos diários perdidos, seja um dos temas centrais da primeira parte do livro, a mesma termina com a confissão de Vladeck de ter, alguns anos antes, queimado os diários de sua esposa Anja. A explicação que ele da para o filho é que os “papéis tinha memória demais”. A reação de Artie, que tinha colocado nas descrições de sua mãe, uma esperança de um outro ponto de vista, é chamar o pai de assassino, por ter matado as lembranças, as memórias de sua mãe. Mesmo que conseguisse