parnasianismo

7. Analise o poema “Nel mezzo del camin...” de Olavo Bilac.
Nel mezzo del camin...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha... E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Poesias, Sarças de fogo, 1888.
a) Identifique as inversões (ordem direta) que aparecem nos versos de Olavo Bilac. Coloque os versos na ordem direta.
b) O poeta fala da amada com sentimentalismo à maneira dos românticos ou se trata de um poema sóbrio, em que os sentimentos aparecem controlados?
c) Note que há uma influência clássica no título do poema, pois Nel mezzo del camin é o começo de um verso da Divina Comédia, obra de Dante Alighieri (poeta clássico italiano). Explique a intertextualidade entre eles.
8. Analise o poema “Vaso Grego” de Alberto de Oliveira.
Vaso grego
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
Sonetos e poemas, 1886.
a) Que características do poema assim como a concepção Parnasiana, pode ser depreendida da concentração de sua temática sobre a imagem de um objeto como o vaso grego?
b) Há inversão, quais são elas?
c) A que outra exaltação, mais ampla, é