Parnasianismo e Simbolismo
Escola ou movimento literário essencialmente poético.
Contemporâneo do Realismo-Naturalismo.
Teve as suas origens em França, a partir de 1850.
Representou na poesia o espírito positivista e científico da época, em oposição ao romantismo.
Os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da antiguidade clássica. O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas.
Os temas preferidos são os factos históricos, objectos e paisagens.
A descrição visual é o forte da poesia parnasiana.
Características gerais
Preciosismo – focaliza-se no detalhe: cada objecto deve salientar-se, por isso são usadas palavras pouco comuns e rimas ricas.
Objectividade e impessoalidade – o poeta apresenta factos, as coisas como acontecem realmente, sem as deformar pela sua própria opinião e forma de as ver. Esta posição combate o exagerado subjectivismo romântico.
Arte pela arte – a poesia justifica-se unicamente pela sua beleza, não tendo nenhum tipo de objectivo.
Estética/Culto à forma – Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo.
Temática Greco-Romana - A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da antiguidade clássica, características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objectos.
Descritivismo
Características formais:
Predominância da rima cruzada e interpolada.
Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe gramatical.
Preferência pelo Soneto.
Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas (versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou então deve apresentar uma simetria métrica constante.
Uso de figuras de estilo com preferência pelo hipérbato,
Cavalgamento