Parnasianismo no brasil
O Parnasianismo foi um movimento de inspiração clássica que ganhou pouco destaque na Europa, mas teve muita repercussão no Brasil a partir da década de 1880. Depois da revolução romântica, que impôs novos parâmetros e novos valores artísticos, formou-se em nosso país um grupo de poetas que desejava restaurar a poesia clássica, desprezada pelos românticos. A estética parnasiana, originada na França, valorizava a perfeição formal, o rigor das regras clássicas na criação dos poemas, a preferência pelas formas fixas (sonetos), a apreciação da rima e métrica, a descrição minuciosa, a sensualidade, a mitologia greco-romana. Contudo, os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos propostos pelos franceses, pois muitos poemas apresentam subjetividade e preferência por temas voltados à realidade brasileira. A primeira obra considerada parnasiana é “Fanfarras” (1882) de Teófilo Dias. A Batalha do Parnaso No final da década de 1870, travou-se no jornal Diário do Rio de Janeiro uma polêmica literária que reuniu, de um lado, os adeptos do Romantismo e, de outro, os adeptos do Realismo e do Parnasianismo. Esta polêmica ficou conhecida como Batalha do Parnaso, foi a ampla divulgação das ideias do Realismo e do Parnasianismo nos meios artísticos e intelectuais do país.
No Brasil, os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de Janeiro, estudou Medicina e Direito, mas não concluiu nenhum desses cursos. Dedicou boa parte do seu trabalho e de seus escritos á educação. Escreveu a letra do Hino é Bandeira e dedicou-se a temas de caráter histórico-nacionalista. Em suas obras enfatizou o amor sensual, criando uma linguagem pessoal e comunicativa, não ficando limitado às ideias parnasianas. Raimundo Correia (1860-1911) começou sua carreira como autor romântico com seu livro “Primeiros Sonhos” e recebeu influência de grandes escritores românticos