parna simbo
4381 palavras
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Parnasianismo/ SimbolismoTexto para as questões 1 e 2:
“Profissão de Fé
Não quero o Zeus Capitolino,
Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.
Que outro — não eu! — a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atene o altivo porte
Descomunal.
Mais que esse vulto extraordinário,
Que assombra a vista,
Seduz-me um leve relicário
De fino artista.
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
Corre; desenha, enfeita a imagem
A idéia veste:
Cinge-lhe o corpo a ampla roupagem
Azul-celeste.
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:
E que o lavor do verso, acaso,
Por tão sutil,
Possa o lavor lembrar de um vaso
De Becerril.
E horas sem conta passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.
…………………………”
Olavo Bilac.
2. UnB-DF Em relação ao texto, julgue os itens abaixo.
( ) A aproximação do trabalho do poeta com o do ourives, no poema Profissão de
Fé, justifica-se porque, no Parnasianismo, predominam a preocupação formal, a perfeição técnica, a arte pela arte.
( ) Depreende-se da leitura do texto que “camartelo” (primeira estrofe) e “cinzel” (sexta estrofe) são os artífices que trabalham o mármore e a prata, respectivamente.
( ) Na sexta, sétima e oitava estrofes, o sujeito de “desenha”, “enfeita”, “Torce”,
“aprimora”, “alteia”, “lima” e “engasta” é “A pena” (sexta estrofe).
( ) Na décima estrofe, há elipse da forma verbal “Quero”, utilizada na estrofe anterior.
2. UnB-DF Ainda com relação ao texto, é correto afirmar que:
( ) há predomínio do sentimento sobre a razão.
( ) o processo de criação artística prima pela liberdade formal quanto à extensão dos versos e