Parlapatões, Patifes e Paspalhões
Da necessidade de se expressar com maior liberdade,longe das gastas convenções do teatro de então, o grupo se formou. Em 91, começaram apresentando números circenses e passando o chapéu.
Em 1991, dois estudantes que haviam terminado seus estudos no Circo Escola Picadeiro, Hugo Possolo e Alexandre Roit, resolveram fazer, literalmente, acrobacias para sua sobrevivência: estavam criando os Parlapatões.
A liberdade de ação que o teatro de rua proporcionava logo fez com que os números ganhassem a forma teatral. Claro que os números eram sempre intermediados com brincadeiras onde o público era parte integrante do espetáculo. Esse trabalho gerou os dois primeiros espetáculos: Nada de Novo e Bem Debaixo do Nariz.
A pesquisa que Hugo estava desenvolvendo sobre palhaços e picadeiros conciliada com a pesquisa de Alexandre sobre a linguagem que une teatro, circo e teatro de rua despertou-os para a necessidade de levar seus espetáculos aos palcos do teatro convencional. Em 92, o espetáculo Parlapatões, Patifes e Paspalhões, que deu nome ao grupo, foi a primeira tentativa de juntar estes elementos dentro da sala de espetáculo.
Foi na montagem seguinte, que a junção destes recursos, baseados em uma dramaturgia própria, se efetivou. O espetáculo era Sardanapalo, encenado em um pequeno galpão, no Teatro Paulista, no qual sete palcos rodeavam o público que sentava ao centro em cadeiras giratórias. Vencedor da Jornada SESC de Teatro de 93, o espetáculo permaneceu dois anos em cartaz projetando nacionalmente o nome do grupo.
No ano de 1994 o grupo passa a ter mais um integrante: Raul Barretto, que estudou acrobacia, palhaço e malabares no Circo Escola Picadeiro e especializou-se em artes circenses na ECOLE NATIONALE DES ARTS DU CIRQUE em Chalones Sur Marne, na França.
Em 95, foram vencedores do Prêmio Estímulo, da Secretaria de Estado da Cultura, e retomaram a rua com o espetáculo Zèrói. Quatro toneladas de material, três dias de montagem,