Parlamentares: povo ou lobby?
O lobby tem-se tornado uma prática bastante difundida no dia-a-dia do setor público. O que antes era tido como ilegal, como o tráfico de influência, por exemplo, hoje provém do lobby e vem sendo utilizado com veemência na política brasileira.
Pode-se, sem sombras de dúvida, dizer que o lobby é um meio certo e eficaz de beneficiamento de determinados setores, funcionando também como patrocinador de candidaturas, patrocinando-as unicamente com o intuito da consubstanciação de seu interesse. Um exemplo claro é o que vem descrito na ISTOÉ, concernente ao lobby do agronegócio: “O principal objetivo do lobby do agronegócio, este ano, é a aprovação do substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que altera o Código Florestal Brasileiro... Isso poderá deixar na ilegalidade 90% das propriedades rurais brasileiras.”
O que vemos aí, único e certamente, é a defesa de interesses próprios, particulares, em detrimento de qualquer princípio legal, funcionando o lobby como um jogo estratégico de quem elege mais, de quem tem mais representantes no parlamento para a efetivação de leis que beneficiem o respectivo lobby.
Outro exemplo bastante contundente retirado da revista supradita diz respeito à área da saúde, asseverando assim a ISTOÉ: “Os planos de saúde, lançando mão da mesma prática, investiram R$ 12 milhões em doações nas eleições de 2010. Elegeram 38 parlamentares, dez a mais do que em 2006... o deputado mais beneficiado com recursos dessas fontes foi Doutor