Paris - Arquitetura
Em seu governo entre 1981 e 1995, o Presidente da França François Mitterrand se utilizou da construção de grandes empreendimentos, principalmente de natureza cultural, para alavancar uma nova dinâmica em torno do país. A política das
“Grandes Obras” (11) reflete a “sinergia assumida entre a cultura e a economia”, traço do governo Mitterrand (12). Paris como capital política e cultural centralizou os maiores investimentos, passando a mesclar suas edificações de outras épocas com peças arrojadas da arquitetura pós-moderna, projetadas por arquitetos reconhecidos mundialmente, alguns franceses, outros estrangeiros.
Fazem parte dessa iniciativa do governo Mitterrand o Grande Arco de La Defense
(13), o Parc de La Villette, a Cidade da Música (14), a Biblioteca Nacional da França
François Mitterrand (15), a Ópera da Bastilha (16), o Instituto do Mundo Árabe (17), e a ampliação do Museu do Louvre (18). Cada projeto tem sua peculiaridade, mas a monumentalidade, a história, o propósito e a autoria de cada um fazem com que se tornem ícones da arquitetura contemporânea e marcos de uma gestão reconhecida por tais iniciativas.
Questiona-se se Paris necessitava de tantas obras grandiosas sendo uma cidade tão especial e com grande visitação turística antes dessas construções. O fato é que essa política de natureza cultural ampliou suas receitas e trouxe à cidade ares contemporâneos que a tornam competitiva com outras cidades modernas. Além disso, intervenções em locais considerados anteriormente degradados, principalmente devido à desativação de indústrias, trouxeram nova vida a essas espacialidades, ajudando a integrá-las ao resto da cidade no circuito turísticocultural.
Centro Georges Pompidou
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Quando o Centre
Georges
Pompidou abriu as suas portas em
1977, a maioria dos parisienses não gostava da arquitetura desse edifício vanguardista em meio aos prédios mais tradicionais. O projeto foi escolhido mediante um concurso