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Nas ultimas décadas esse artigo analisou as transformações ocorridas nos TFs, com a principal discussão da temática do desenvolvimento institucional. Essa perspectiva analítica permitiu olhar os processos de mudanças nas áreas políticas ao longo prazo. A constituição de 1988 e a crítica da democratização trouxeram mudanças aos TFs, mas elas não foram totalmente implementadas, pois a elite dirigente tinha a capacidade de vetar tais mudanças.
Porem, com a nova conjuntura critica da LRF esse quadro de força política foi alterado. Com isso a LRF reduziu a capacidade de veto daqueles que queriam a manutenção do status quo no interior dos TFs. Ou seja, muita das inovações trazidas pela cf/88 puderam ser então efetivadas. Em outras palavras, a LRF neutralizou o mecanismo de path dependence fazendo com que o status quo não mais operassem de forma crescente. Com relação aos mecanismos de desenvolvimento institucional, foram também observado nos TFs o processo de superposição, fazendo que as escolas de contas criadas configurassem em novo espaço de poder, já que dispõem de dotação orçamentária especifica. A difusão nos TFs é freqüente, mas não implica mudanças completas na instituição, e sim de mudanças pontuais de forma gradual e diferencial.
Os TFs não passaram pelo mecanismo de conversão funcional, mas sim o de ampliação funcional, ao incorporar novas funções. Em seu conjunto, as os pontos de resistência têm sido maiores do que os de inovação. Isso porque os TFs não implicaram a transparência completa da instituição. Configurando-se, assim, uma situação em que não há instância de controle dos próprios controladores. Por outro lado, o nepotismo e o clientelismo ainda são fartamente denunciados, mostrando a resistência com a democratização. Todavia não se pode anular ou descaracterizar as mudanças que ai estão gradualmente ocorrendo, ao longo de décadas. Dessa forma, é preciso levar em conta que as inovações têm contribuído