PARECER Gerdau
Com base nos Demonstrativos Econômico-Financeiros, referentes ao período de 2000 a 2002 e utilizando-se os Indicadores de Solvência, Rentabilidade, Lucratividade e Atividade podemos concluir:
A empresa apresenta uma queda significativa em sua liquidez corrente e geral em função, basicamente, da contratação de financiamentos no curto e longo prazo, o que compromete a capacidade de pagamento da empresa nestes períodos.
O indicador de liquidez corrente sai de 1,69 em 2001 para 0,91 em 2002, ou seja, uma queda de aproximadamente 46%. Esta queda é retratada pelo aumento da conta Financiamentos no Passivo Circulante de 327mil em 2001 para 1.237mil em 2002. Já o índice de liquidez geral acompanha a queda da liquidez corrente (41,54%), sendo impulsionado por ele, mas também reflete o aumento de 1.308mil do ELP de 2001 para 2.784mil em 2002. A conta “outros” deste grupo passa a ser responsável por 22,5% do Passivo Total, o que ajuda a levar o indicador de liquidez geral para baixo. Quanto a Liquidez Seca observa-se que a empresa mantém o perfil de dependência sobre seus estoques constantes, compatível inclusive com o setor de atuação. Sua Liquidez Imediata demonstra sua boa administração de recursos, uma vez que seu caixa é o mínimo necessário para sua sobrevivência. Todos os recursos da empresa estão investidos na atividade e no mercado financeiro.
A empresa passa a apresentar em 2002 um grau de Endividamento Geral de 58% do Total de Aplicações do mesmo ano. O capital de terceiros passa a ter predominância e equivale em 2002 a 137% do capital próprio. Quanto aos prazos de pagamento das dividas pode-se afirmar que as mesmas permanecem concentradas no longo prazo com o perfil médio de endividamento em 38% no curto prazo.
Considerando-se o crescimento das dividas com terceiros e a concentracao das mesmas no longo prazo, juntamente com o aumento do ativo permanente, a empresa deixa claro que efetuou sua expansão calcada em capital de terceiros.