parceria diretor e coordenador pedagogico
A política educacional do atual governo, voltada à inclusão e ao desenvolvimento social, considera a necessidade de ampliar o acesso a todas as etapas da educação básica e de garantir padrões de qualidade social ao ensino público brasileiro.
Em si mesma, a pretensão de proporcionar às crianças e jovens brasileiros acesso a educação básica já exige grandes esforços governamentais. Afinal, se o contingente de crianças excluídas do ensino fundamental não chega a ser muito grave, o mesmo não ocorre em relação à educação infantil e ao ensino-médio – etapas em que o contingente, de fato, é muito alarmante.
No entanto, o atual governo pretende, além de assegurar às crianças e aos jovens o direito à escolaridade, assegurar-lhes também o direito à permanência e, sobretudo, à aprendizagem em escolas públicas qualificadas. Isso significa dizer que, para materializar suas pretensões, já enfrenta e continuará enfrentando muitos desafios.
É verdade que o financiamento continua sendo o meio privilegiado de se assegurar a expansão e a qualidade do ensino público. Contudo, uma reflexão sobre a qualidade educacional, enquanto tal, não pode se ausentar do enfrentamento das mudanças havidas e propiciadas no âmbito da sociedade contemporânea, as quais, inclusive, ressignificam o conhecimento.
Hoje, mudanças significativas ocorrem em todo o planeta, pois a configuração da informação em rede coloca em dimensões diferenciadas aspectos antes considerados fundamentais. Ao mesmo tempo, novos serviços comparem à cena social com exigências reveladoras de uma nova forma de mais-valia: a mais-valia intelectual.
Face às novas postulações da cidadania e do mundo do trabalho, a escolarização adquire papel ainda mais significativo e estratégico. Novas formas de trabalho, de ocupação e de lazer exigem, cada vez mais, o conhecimento como base necessária à participação social e política. A informação e a comunicação penetram os mais recônditos espaços da vida privada e social.