parasitologia
Schistosoma mansoni
1. Introdução Na classe Trematoda encontramos a família Schistomatidae, que apresenta sexos separados e são parasitos de vasos sangüíneos de mamíferos e aves. Essa família é dividida em duas subfamílias: Bilharzielinae e Schistosomatinae. Na primeira encontramos os vermes sem dimorfismo sexual, que parasitam aves e alguns mamíferos domésticos ou silvestres (patos, gansos, búfalos, bovinos etc.), portanto, sem interesse médico direto. Na segunda, estão incluídos os que apresentam um nítido dimorfismo sexual e com espécies que parasitam o homem e animais. Foi Bilhartz. em 1852, quem descreveu um parasito intravascular ao qual deu o nome Distoma haematobia. Posteriormente, Winland denominou o gênero deste helminto de Schistosoma, uma vez que o macho apresenta o corpo fendido (schisto=fenda; sorna=corpo), sendo esta designação aceita até hoje. O nome fenda é algo incorreto, uma vez que o sulco é na realidade formado pelas extremidades laterais do macho que se dobram no sentido ventral. A denominação da espécie Schistosoma mansoni foi dada em 1907, por Sambon. As observações desse autor, que o levaram a criar uma espécie nova, foram independentemente vistas por Pirajá da Silva, na Bahia, na mesma época, que a denominou Schistosoma americanum. Sambon, em Londres, examinando poucas amostras fecais adiantou-se e descreveu a nova espécie, que, entretanto, não foi muito aceita na época. Pirajá da Silva, fazendo numerosos exames de fezes e necropsias, pôde confirmar que o Schistosoma que produzia ovos com esporão lateral vivia nas veias mesentéricas e era realmente uma espécie distinta. Os trabalhos de Pirajá da Silva dirimiram todas as dúvidas, mas a denominação da espécie coube a Sambon. Agente da esquistossomose intestinal ou moléstia de Pirajá da Silva, ocorrendo na Africa, Antilhas e América do Sul. No Brasil, a doença é popularmente conhecida como “xistose”, “barriga