PARARELO CRÍTICO
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
PARALELO CRÍTICO – TEOLOGIA DO KERYGMA DE BULTMANN E A REAÇÃO DE JOAQUIM JEREMIAS
VALDIVINO JOSÉ FERREIRA
Paralelo crítico para a disciplina de Métodos de Interpretação de Textos Sagrados para orientação dos trabalhos do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, da Universidade Católica de Goiás.
Profº. Dr. Joel Antônio Ferreira
GOIÂNIA
2007
PARALELO CRÍTICO
RUDOLF BULTMANN
1- O Cristianismo teve início com o Cristo pregado; ou seja, o kerygma da igreja primitiva;
2- O kerygma pressupõe a existência histórica de Jesus, mas não manifesta nenhum interesse pela crônica de sua vida;
3- Que Jesus nasceu, viveu, foi crucificado, morreu é mais do que suficiente para a fé cristã;
4- Não pretende negar uma continuidade material, cronológica entre o Jesus de Nazaré e o Cristo do Kerygma;
5- Diz que há uma ruptura teológica entre o Jesus e o Cristo da fé: (1) no lugar de Jesus, o Kerygma propõe a figura mítica do filho de Deus; (2) enquanto a pregação de Jesus proclama a vinda iminente do Reino, a Igreja Primitiva prega o Cristo morto para os nossos pecados e ressuscitado: o pregador tornou-se o pregado; (3) enquanto Jesus fala da obediência incondicionada ao Pai, o kerygma agora fala da abediência à Igreja;
6- A fé cristã inicia-se com o kerygma que substitui ao Jesus da história;
7- Seu discurso articula em dois tempos: (1) uma crítica radical que define empresa impossível, senão ilegítima, um estudo historiográfico sobre Jesus; (2) um momento que deveria ser positivo e criador, no qual se tenta substituir à historiografia uma teologia e uma hermenêutica do Kerygma;
8- É utópico querer escrever uma vida de Jesus. A fé não encontra justificação senão na fé. O histórico e o teológico parecem coexistir e ignorar-se. O Kerygma está em primeiro lugar.
JOAQUIM JEREMIAS
1- Reconhece que