Paralização para que? (Apreciação Crítica(
Escrito por Júlio Gomes para o blog Ilhéus 24h, o texto se presta a discutir a respeito da paralisação dos professores em prol do cumprimento da lei que garante o investimento dos royalties do petróleo para a educação, além dos outros 10% do PIB nacional. Em seu texto ele aborda sobre o viés em que se daria – já que o artigo foi escrito no primeiro dia da paralisação – essa reivindicação.
A princípio o graduado em historia e direito pela UESC, expõe a importância para a educação brasileira se essa verba fosse de fato aplicada, contrapondo com a atual situação em que a mesma perece. Ao fazer essa explanação, o professor posiciona-se a favor das reivindicações mas, discorre como essa manifestação acaba por se estender para uma semana segundo a cultura brasileira de acomodamento que “após três dias sem funcionar a quinta e sexta-feira [...] terão aula em um injustificável ritmo de ‘enforcamento’, de ‘feriadão’, tão vergonhoso, mas tão ao gosto de nosso povo.”
A justa crítica do professor vem na sequencia quando ele exemplifica como o brasileiro consegue mover-se em prol de banalidades como novelas, reality shows, e a copa de futebol que estava por vir, enquanto que ignoramos as outras mazelas que assolam a educação, segurança e a saúde pública. Com esse apanhado de informações, o profissional da área novamente toma o lado dos professores e finaliza afirmando que “os problemas de nosso país não estão nos governantes – meros reflexos daquilo que somos, fazemos e pensamos – mas sim em nós, o povo brasileiro”.
O artigo publicado no blog Ilhéus 24h trás esse quadro geral que ilustra o paradigma das manifestações no Brasil, e é capaz de despertar o sentimento de inconformismo com esse tipo de situação que acontece ao menos uma vez por ano. São lutas travadas que pouco sabemos sobre as mesmas e, menos ainda sobre seus resultados. Em meio a esse campo de batalha ficam os alunos que, como crianças, podem ou não perceberem que é o