Paralisia Facial
O estudo de caso escolhido refere-se a um utente com 50 anos, residente no Vale da Amoreira (Barreiro), que se deslocou ao Hospital Nossa Senhora do Rosário, no dia 9/02/2011, após ter sentido, no início de uma gripe, um formigueiro na face, realizou uma TAC e após a avaliação médica foi diagnosticado com paralisia facial periférica, tendo iniciado fisioterapia no dia 17 de Fevereiro de 2011.
Para o desenvolvimento deste estudo de caso, houve consentimento informado por parte do paciente em relação aos procedimentos efectuados, testemunhado pelo docente da instituição, de modo a poderem figurar no presente relatório dados pessoais e clínicos. Parésia Facial Periférica ou Paralisia de Bell
A Paralisia Facial Periférica (PFP) é uma afecção aguda do nervo facial1, geralmente afectando apenas um lado da face, dependendo da localização da lesão do nervo facial no seu trajecto para os músculos faciais. (Finsterer, 2008)
A PFP decorre da interrupção do fluxo nervoso de qualquer um dos segmentos do nervo facial. O seu acometimento resulta em paralisia completa ou parcial da mímica facial e pode estar associada a: distúrbios da gustação, salivação e lacrimejamento, hiperacusia e hipoestesia no canal auditivo externo. (Garanhani et al., 2007)
Em torno de 50% da população acometida por PFP a etiologia é desconhecida. A maior incidência é a idiopática, ou de Bell, e a segunda, é traumática. Hipertensão arterial, diabetes mellitus, viroses, gravidez e puerpério são apontadas como condições associadas. O grau de recuperação da função do nervo facial depende da idade do paciente, do tipo de lesão, da etiologia, nutrição do nervo, comprometimento neuromuscular e terapêutica instituída. A recuperação da lesão do nervo facial pode acorrer em algumas semanas, até quatro anos. (Garanhani et al., 2007) A disfunção neuromuscular facial (DNF) pode ser definida como uma diminuição da capacidade funcional do nervo facial e dos músculos. Geralmente,