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Os vários espaços, a diversidade cultural e os repertórios de ação constituem-se elementos fundamentais que permitem ao jovem reconhecer a sua vinculação a um determinado grupo social e, assim, identificar-se com ele.
Determinadas características constitutivas da identidade são comuns a todos os jovens e se associam às questões biológicas e fisiológicas. Outras estão ligadas ao meio social e se associam a questões de classe e às diferentes culturas. Neste campo podemos observar a influência da indústria cultural através do consumo de produtos destinados especialmente ao jovem. Isso parece exercer importante papel na constituição de identidades através da mercantilização dos estilos ligados, por exemplo, à moda e à música. Desse modo, a variedade de ofertas disponibilizadas para o consumo possibilita ao jovem a ampliação das escolhas ainda que esse mercado simbólico seja delimitado pela capacidade de consumo de cada sujeito e grupo social. A liberdade em escolher permite a ele optar por vários espaços e formas de elaboração de suas identidades. Isso não significa dizer que a identidade é resultado de uma única escolha, mas de múltiplas possibilidades que podem resultar na elaboração de múltiplas identidades.
Podemos observar que esse processo não ocorre de forma estática, mas num constante movimento – característico das relações sociais e que permite ao jovem a busca de identificação através dos diversos grupos dos quais ele opte por fazer parte. Ser jovem é, antes de um destino, uma questão de escolha.
Identificar-se é, então, reconhecer-se e ao mesmo tempo ser