Paradigmas filosoficos da revoluçao industrial
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, em 1740, sendo caracterizada pela introdução das máquinas no processo produtivo e pela organização do trabalho de forma intensiva. Até a revolução o homem havia, paulatinamente, aperfeiçoado instrumentos que amplificavam a sua força muscular ou ampliavam suas habilidades. A introdução da máquina passou a ser o elemento central na técnica do processo econômico e produtivo. A mudança da manufatura artesanal para a fábrica implicou em profundas alterações nas relações de trabalho, principalmente com a desvalorização da habilidade manual do artesão, a destruição das relações sociais da produção até então vigentes, e o rompimento com a tradição.
Para compreender melhor esses movimentos revolucionários e as correntes filosóficas, é necessário entender as relações de trabalho e comércio no sistema feudal, o Iluminismo, o Positivismo e as transformações econômicas ocorridas com esta revolução.
1 SISTEMA FEUDAL
O Feudalismo foi uma configuração social e política presente na Idade Média, tendo por característica o poder descentralizado, a economia baseada na agricultura de subsistência, o trabalho servil e a economia amonetária e sem comércio, onde predominava o escambo. A aldeia era praticamente auto-suficiente, e o comércio neste período não era intenso, já que não havia incentivo à produção de excedentes (MENEGASSO, 1998).
A sociedade feudal era estática e hierarquizada, dividida basicamente em três grandes grupos: o clero, os nobres e os servos. Os dois primeiros grupos constituíam as classes governantes, controlavam a terra e todo o poder que dela provinha. A Igreja prestava ajuda espiritual e influenciava o comportamento e o modo de pensar neste período, enquanto a nobreza oferecia proteção militar. Em troca, os grupos governantes exigiam das classes trabalhadoras pagamento, através do cultivo das terras (HUBERMAN,1981). Havia ainda pequenos grupos de comerciantes e