Paradigmas em estudos organizacionais
No presente estudo, o autor apresenta sua preocupação com o que tem sido a pesquisa da Administração no Brasil. Para ele, o pequeno número de publicações e a baixa qualidade do que é publicado são fatores que consequências de uma falta de referencial teórico de quem se propõe a pesquisar a Administração com o fito de desenvolvê-la.
A dificuldade em encontrar fonte de pesquisa na literatura brasileira se torna um embargo não somente para aquele que estudam, mas, também, para aquele que ensinam, pois o processo de aprendizado significa o somatório da vontade de aprender do pesquisador e o preparo teórico do seu orientador.
Sobre o assunto, o autor afirma que “ainda mais embaraçoso é perceber que tais problemas atingem também colegas em estágios avançados da carreira, o que pode ser constatado pela qualidade discutível e pela limitada contribuição dos artigos submetidos a eventos e periódicos brasileiros”, referindo-se, também, a baixa qualidade da produção brasileira.
De fato, existe atualmente uma forte barreira para quem inicia seus estudos em Administração, sobretudo em estudos organizacionais: o idioma. O pequeno repertório teórico em língua portuguesa é apontado como um dos iniciais obstáculos ao estudo.
Como desdobramento do problema causado pela primeira barreira, problemas outros surgem, como, por exemplo, a falta de referencial teórico aos alunos dos cursos de mestrado e doutorado, pois, como é notável, o domínio de uma língua estrangeira é pouco comum nas salas dos cursos de especialização, o que se traduz em uma dificuldade a mais para o avanço dos estudos.
Em verdade, o estudo mais avançado de Administração no Brasil está calcado, basicamente, na doutrina internacional, quer seja por grande deficiência da produção científica brasileira, quer seja pela prática costumeira do internacionalismo, característica muito como de todo povo brasileiro, o que faz com que a produção nacional seja pouco buscada, pouco explorada, pouco difundida, e, por