Paradigmas da educação
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, constituindo um nível de ensino que tem o “dever de partilhar com as famílias a responsabilidade pela educação das crianças menores de sete anos” (CERISARA, 1999, p. 13) superando a visão assistencialista que tinham na Educação Infantil, como um depósito de crianças, substitutas maternas ou hospitais, como também, a visão escolarizante onde a creche e a pré-escola reproduzem as práticas sociais desenvolvidas no ensino fundamental ou como uma antecipação do próprio ensino fundamental ou, ainda, buscando a preparação para o ensino fundamental.
O grande desafio da atualidade é construir uma nova visão para a Educação
Infantil em que a criança pequena é o foco da organização do tempo e do espaço institucional ou não, através do planejamento orientado por uma Pedagogia da
Infância, conforme afirma Cerisara, priorizando os processos educativos que envolvem as crianças como sujeitos da e na cultura com suas especificidades etárias, de gênero, de raça, de classe social [...], envolvendo todos os processos de constituição da criança em suas dimensões intelectuais, sociais, emocionais, expressivas, culturais, interacionais. Portanto, as instituições de
Educação Infantil devem buscar delinear as suas especificidades, sem perder de vista que o trabalho a ser realizado com as crianças deve assumir um caráter de intencionalidade e de sistematização, sem cair na reprodução das práticas familiares, hospitalares ou escolares. (CERISARA, 1999, p. 16).
Como bem nos aponta Kramer “A visão da criança como cidadã, sujeito criativo, indivíduo social, produtora da cultura e da história, ao mesmo tempo em que é produzida na história e na cultura[...]” (2002, p. 43) deve ser considerada, compreendendo-se a infância como uma construção social vivenciada a partir da contextualização sócio-histórico-cultural. A Educação Infantil deve ser compreendida