Para Ti, Meu Irmão Militar
Chamam-te soldado, como soldadura (ferro fundido) do (co)mandante, mandatado pelo político, ambicioso, ganancioso e egoísta, verdadeiro mandante. Mas eu, meu irmão, chamo-te militar, que milita como nós em defesa da pátria. Sim, defesa da pátria que começa com o povo e a sua vontade. Povo que é feito por ti, por mim, pelas nossas famílias e comunidades. Então se te disseram que guerreando com o teu irmão estarás salvando a pátria, então mentiram-te. Pergunta a tua mulher, namorada, mãe, pai, avó em fim, todos a tua volta. Esses formam o início da tua pátria, junto aos meus, aos do nosso irmão, a quem lhe chamam de inimigo. Pergunta a eles se preferem te ver na Guerra, onde podes voltar vitorioso ou derrotado mutilado, isso se voltares.
A tua força e valentia podem trazer o bem ou o mal meu irmão. Tu és único e gozas de uma só vida, portanto tens de escolher entre uma e outra opção. As tuas mãos de arma contra nosso irmão podem ser a razão de derrame de sangue, aniquilação de vidas, da tristeza, luto e pobreza, devastação total da natureza. Mas as mesmas podem usar da natureza para trazer o bem estar, a saúde, a tranquilidade, os arranha-céus, jardins verdes e fragantes, comida e riqueza para ti, para os teus queridos, para todos nós. A defesa do interesse da nação que te prometeram não é, e nem pode ser feita na Guerra contra o nosso irmão, ambos instrumentalizados por aqueles que cobiçam riquezas inesgotáveis – como se fossem a viver por e para sempre, na busca do teu e nosso bem estar, o bem estar do povo.
Na Guerra tu só vais minar o crescimento, desenvolvimento, felicidade e a vida. Não haverá escolas para as crianças, hospitais para os doentes, comida para os necessitados, cuidados para os órfãos, inclusão para as mulheres e pessoas com deficiência. Não serás defensor dos interesses de ti mesmo, dos teus queridos e de todos nós, mas sim o aniquilador e retardador. Pergunta as mulheres, belas jovens raparigas em