Para Roma com amor
Depois do grande sucesso obtido em Meia Noite em Paris, muita expectativa girou em torno do longa Para Roma com Amor. Além da sensação de que Woody Allen poderia ter reencontrado sua melhor forma, o elenco repleto de grandes atores e o retorno do próprio diretor atuando em uma produção, causou no público aquela ansiedade que se justifica quando se aborda um dos profissionais mais renomados do mundo cinematográfico. Esse talvez tenha sido o grande problema de Para Roma com Amor, que terminou dividindo opiniões de público e crítica, mas que se assistido sem querer fazer comparações, termina sendo uma bela obra de arte, daquelas charmosas e cativantes, que prendem a atenção e promovem a diversão.
Logo no começo da produção é possível se perceber que serão abordadas diferentes tramas e que apesar de todas se passarem na cidade de Roma, não é obrigatório que elas se conectem em algum momento. Desta forma, a obra gira em torno de quatro histórias, que passeiam entre o casal que se conheceu por acaso e planeja se casar e aventura do pai da noiva em tentar fazer o pai, de seu futuro genro, um tenor de sucesso. No arquiteto famoso que em um passeio encontra um jovem, que lhe faz lembrar o seu passado e lhe fornece a oportunidade de aconselhar alguém a não repetir os mesmos erros que cometeu antes. No desinteressante e rotineiro Leopoldo, que vê sua vida virar de cabeça para baixo ao se tornar uma grande celebridade do momento, mesmo que seja algo sem motivo aparente e no casal interiorano que viaja à Roma em busca de uma oportunidade de fazer dinheiro, mas que termina se separando e se envolvendo em muitas confusões.
Como todo filme que trabalha com tramas paralelas, este também sofre com o fato de umas serem mais interessantes do que outras. Esse é um problema, principalmente pelas comparações que são promovidas, porém é inegável que em todas as tramas existem momentos de brilhantismo, o que, de fato, não ocorre com alguns