Para refletir - ética
Jorge, gerente de operações da fábrica da CornCo, em Phoenix, Arizona, está vivendo um dilema. Ele é encarregado de comprar milho e produzir flocos vendidos pela CornCo nos Estados Unidos e em outros países. Vários meses atrás, seu chefe, o vice-presidente da empresa, ligou para lhe dizer que as compras de milho no mercado futuro estavam em alta, o que acabaria por aumentar os custos totais da produção. Além disso, uma nova companhia, a Abco Snack Foods, havia começado a vender flocos de milho a preços competitivos na área de mercado da CornCo. A Abco, aliás, já demonstrava sinais de estar corroendo a fatia de mercado da CornCo. Jake estava preocupado, achando que os custos de produção de Jorge não seriam competitivos com os da Abco--e, portanto, a lucratividade cairia. Jake já lhe havia pedido que descobrisse maneiras de cortar os custos. Se não pudesse, avisou Jake, começariam as dispensas de pessoal. Jorge passou um pente fino pelo Meio-Oeste e finalmente encontrou milho barato. Mas, quando os vagões ferroviários começaram a chegar, um dos químicos da companhia comunico a presença de aflatoxina—elemento tóxico causado por mofo em decorrência de armazenagem inadequada, causador de câncer do fígado em animais de laboratório. Como o milho é moído e transformado em farinha, contudo, era praticamente impossível detectar visualmente a presença da aflatoxina. Jorge sabia que, misturando o milho contaminado com o milho sadio, reduziria a concentração da aflatoxina no produto final, como segundo ouvira dizer, outros faziam. De acordo com a lei americana, é proibido utilizar milho contaminado com aflatoxina em produtos comestíveis nos Estados Unidos, e os infratores ficam sujeitos a multas. Até o momento, no entanto, ninguém foi julgado culpado. Nenhuma lei, porém, proíbe a exportação do milho contaminado para outros países. Jorge sabe que, por causa do milho contaminado, os custos de produção ficarão altos demais. Ao conversar com Jake, o